domingo, 28 de dezembro de 2008







Eu Não Sei Quem Te Perdeu - pedro abrunhosa


Quando veio,
Mostrou-me as mãos vazias,
As mãos como os meus dias,
Tão leves e banais.
E pediu-me
Que lhe levasse o medo,
Eu disse-lhe um segredo:
"Não partas nunca mais".

E dançou,
Rodou no chão molhado,
Num beijo apertado
De barco contra o cais.

E uma asa voa
A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu não sei quem te perdeu.

Abraçou-me
Como se abraça o tempo,
A vida num momento
Em gestos nunca iguais.
E parou,
Cantou contra o meu peito,
Num beijo imperfeito
Roubado nos umbrais.

E partiu,
Sem me dizer o nome,
Levando-me o perfume
De tantas noites mais.

E uma asa voa
A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu não sei quem te perdeu.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

????Quando me vens ver????
Quero-te aqui... e já te disse isto mais de 3 vezes... lol não gosto de me repetir!!!
E de repente tudo começa a fazer sentido...
E de repente sinto que tenho uma terceira verdadeira casa...
E de repente gosto ainda mais de ti =)

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Gosto de silêncios a sentir Música e de Verbalizar Risos. Com ou sem Palavras.
Gostar à bruta



There's a corner of your heart for me.
There's a corner of your heart just for me.
I will pack my bags just to stay in the corner of your heart.
Just to stay in the corner of your heart.

There is room beneath your bed for me.
There is room beneath your bed just for me.
I will leave this town just to sleep underneath your bed.
Just to sleep underneath your bed.


There's one minute of your day.
There's one minute of your day.
I will leave this man just to occupy one minute of your day.
Just to occupy one minute of your day.


Just to sleep underneath your bed.

Just to stay in the corner of you heart.

Ingrid Michaelson - Corner of your heart

But, my God, it's so beautiful when the boy smiles...

There's a light at each end of this tunnel,

You shout 'cause you're just as far in as you'll ever be out

And these mistakes you've made, you'll just make them again

If you only try turning around.

2 AM and I'm still awake, writing a song

If I get it all down on paper, it's no longer inside of me,

Threatening the life it belongs to

And I feel like I'm naked in front of the crowd

Cause these words are my diary, screaming out loud

And I know that you'll use them, however you want to

Anna Nalick - breath

Breathe 2am - anna nalick

domingo, 14 de setembro de 2008


Podia ficar o dia inteiro abraçada a ti e mesmo assim saberia a pouco.
Podia ficar a noite toda deitada a olhar pra ti e mesmo assim haveria sempre um pormenor que me escapava.
Podia dizer-te que vou sentir muito a tua falta e mesmo assim nunca saberias o quanto.

sábado, 13 de setembro de 2008


Espero que o amor à medicina valha mesmo a pena.
E espero um dia poder dizer que dei o melhor de mim.
Porque eu vejo este curso como uma entrega às outras pessoas e sinceramente vejo-me a lutar por elas.
Mas apesar de toda a alegria, tenho medo... e quem me conhece bem sabe porquê...

segunda-feira, 8 de setembro de 2008


Vê-se mesmo que o fotógrafo é amador =D
mas esta foto fica aqui para recordar as tardes de café, o sol, o (pouco) estudo, a leitura e o cheiro a mar...

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

E parece que chegou o mês que eu não queria que chegasse...
E parece que vai custar...

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

"Uma relação sem compromisso é como um estágio de 3 meses numa empresa. Podemos dar o máximo, mas o mais provável, é não conseguirmos o emprego."

lol. Grande Alvim
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem sabe o que é amar...


O génio - Fernando Pessoa
De qué tienes miedo,a reir y a llorar luego,
a romper el hielo,que recubre tu silencio.
¡Suéltate ya! y cuéntame
que aquí estamos para eso,
"pa" lo bueno y "pa" lo malo,
llora ahora y ríe luego.
Si salgo corriendo, tú me agarras por el cuello,
y si no te escucho,
¡Grita!
Te tiendo la mano,
tú agarra todo el brazo,
y si quieres más pues,
¡Grita!
Jarabe de Palo - Grita

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

E porque hoje é um dia especial na minha vida, e porque já não escrevia no meu blog há imenso tempo (até aqui estou de férias a valer...) resolvi partilhar convosco (não sei se o plural se justifica porque deve haver apenas uma pessoa que vem cá fazer uma visita periodicamente... eu própria... =) ) mesmo assim sabe bem ter este cantinho só meu. Por isso, como eu li em algum lado, "Our first and last love is... self-love"!!!
Parabéns para mim :)

domingo, 13 de julho de 2008

Luta sempre por aquilo em que acreditas. Nem sempre vai ser fácil, nem todos os dias vais sentir coragem para seguir em frente, mas quando pensares em recuar 1 passo, atreve-te logo a avançar 2. Porque na vida nem tudo é fácil, nem dado, nem justo, mas o importante é manteres-te sempre fiel a ti próprio. Humildade acima de tudo, simplicidade para com os outros e saber que há sempre quem aposta em ti (jogo feito, nada mais...). Chorei quando falhei, estudei que me fartei, senti-me frustada. E com isto pretendo apenas agradecer a quem sempre me apoiou e a quem sempre disse que vale a pena lutar por sonhos.


Parece-me que vai ser aqui, que vou passar a ser feliz!!!! =)

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Todos nos imaginamos donos do nosso destino,
capazes de determinar o nosso próprio destino.
Mas temos realmente alguma escolha
quando nos levantamos?
Ou quando caímos?
Ou uma força superior a nós
indica-nos as direcções?
É a evolução que nos leva pela mão?
A ciência que nos aponta o caminho?
Ou é Deus que intervém, mantendo-nos seguros?
Heroes - SO1 ep2 - Don't look back

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Violet Hill - Coldplay

segunda-feira, 23 de junho de 2008


Há coisas que não mudam....
Há momentos que se repetem nas nossas vidas...
E há a esperança que nunca morre.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Custa tanto saber o que se sente quando reparamos em nós!... Mesmo viver sabe a custar tanto quando se dá por isso... Falai, portanto, sem repardes que existis...
...

Quem pudesse gritar para despertarmos! Estou a ouvir-me gritar dentro de mim, mas já não sei o caminho da minha vontade para a minha garganta.


Fernando Pessoa
A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.
Fernando Pessoa
Por trás de uma grande mulher há sempre uma grande família.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Existe um timing para tudo e muitos são aqueles que não o respeitam, porque acham precisamente, que não existe um timing para nada porque o que importa é a força de vontade, a forma como nós acreditamos naquilo que desejamos alcançar, a intensidade com que depositamos confiança em nós próprios e muito importante... esqueci-me agora. Estas frases são muito bonitas mas não passam disso, espremem-se muito bem como se estivessem a sair da máquina de lavar em direcção ao estendal, mas nem uma pinga de água.
Existe um timing sim e se ele existe é para ser comprido tal qual uma colheita que tem que ser feita em determinado período. Vamos cá ver: porque é que a apanha da cereja é normalmente feita em Maio/Junho e da uva entre Setembro/Outubro? Deve ter sido por acaso, querem ver?! Pois claro que não.Porque é aí que os frutos estão nas melhores condições para serem colhidos: nem verdes, nem demasiados maduros. Na altura certa. No chamado “ponto” para irem para o cesto. E o que acontece quando não respeitamos este timing é que possivelmente encontramos lá os frutos sim, mas já sob a forma de fósseis ou com caruncho que é como se costuma dizer lá para a terra. É daí que vem a expressão “Tu não vales um caroço!” que é ao que ficam reduzidas as cerejas se não forem apanhadas a tempo.
E assim, há muitas pessoas que continuam a não respeitar esta elementar regra, a da colheita no tempo certo, convencidos que estão, de ainda poderem apanhar maçãs em Fevereiro. Não podem. Existe um tempo para tudo e se não apanharmos o que ele nos dá na altura certa, nada retiraremos dele. Falharemos o timing ou pura e simplesmente o deixaremos passar como se estivéssemos de boca aberta, na janela do carro, a ver um palácio muito bonito. E depois disto, quando passamos, quando percebemos o que ficou para atrás, é que entendemos que o timing era aquilo. E era tão simples de entender. Pelos sinais que nos faziam, pela forma como nos olhavam, por aquilo que nos diziam. Tão simples de entender caramba e nós ali, numa espécie de gaguez mental que nos retrai em vez de nos fazer ir em frente.
E o mais curioso é quando entendemos tudo desde o início mas achamos que ainda não é o timing certo, que ainda precisamos de mais uma prova ou outra que isto não é assim, mais um jantar, mais um cinema, mais umas férias que eu depois quando vier decido, mais uma carta, um telefonema, uma mensagem cautelosa que eu não tenho a certeza, mais um dia a seguir a outro, mais uma semana em que não nos vemos, mais uma semana que nos vemos sem nos ver, até ao dia em que percebemos, que perdemos todo o “Timing” que até aí nos unia.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

"Cada segundo é tempo para mudar tudo para sempre."
Charles Chaplin
Its a fire
These dreams they pass me by
This salvation I desire
Keeps getting me down

Cos we need to
Recognise mistakes
For time and again

So let it be known for what we believe in
I can see no reason for it to fail....

Cos this life is a farce
I can't breathe through this mask
Like a fool
So breathe on, sister breathe on

From this oneself
Testify or tell
Its fooling us now

So let it be known for what we believe in
I can see no reason for it to fail...

Cos this life is a farce
I can't breathe through this mask
Like a fool
So breathe on, little sister, breathe on
Ohh so breathe on, little sister, like a fool

Portishead

terça-feira, 10 de junho de 2008

Super Bock Super Rock

DIA 5.Julho:

SEXY SOUND SYSTEM
JAMIROQUAI
PAOLO NUTINI
MORCHEEBA
JORGE PALMA
CLA
BRAND NEW HEAVIES
(eu vou...)

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Uma palavra capaz de traduzir tudo:
Cansaço
"Que vontade que eu sinto
De olhar em seus olhos, ganhar seus abraços
É verdade, eu não minto...
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos..."
Caetano Veloso

sábado, 7 de junho de 2008

Euro 2008 - jogo 1#

Não sou adepta de nenhum clube de futebol,
mas no que toca a jogos da selecção nacional,
a verdade é que pára tudo à minha volta,
levanto-me quando vejo um jogador de equipamento vermelho
a aproximar-se da baliza adversária, refilo para a televisão e no fim grito:
Portugal óóóllléééé
(Portugal - Turquia
2 - 0)
Sol = calor = praia = boa disposição = gargalhadas = pouca roupa = protector solar = cheiro a côco na pele = .... = férias

sexta-feira, 6 de junho de 2008

O tempo não corre, voa. Se ainda ontem via o meu castelo de cartas desfazer-se diante dos meus olhos (completamente secos), hoje, com grande esforço, voltei a erguer cada carta, estrategicamente colocada (milímetro a milímetro) para que o castelo se mantenha de pé mesmo num dia de vento com a janela aberta...
Paciência? Não. Vontade de vencer? Sem dúvida.
(entenda-se o meu ontem como Setembro e o meu hoje como hoje.
Digam lá se o tempo não voa.)

Quando quiseres muito uma coisa concentra toda a tua energia nisso.
Comigo resultou.
Eu fechei bem os olhos (como fazia em criança, para pedir o desejo antes de soprar as velas), e não é que resultou?
Há dias fantásticos não há?

terça-feira, 3 de junho de 2008

Arrisca. Bom mesmo é quebrar a monotonia e sentir a emoção dum momento... A vida é feita de muita coisa, e para além das lutas, dos sonhos e das responsabilidades há que haver lugar para a loucura, para o desejo e para o espontâneo. Quem nunca quebrou regras não sabe o que é bom...

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Maybe I'm crazy...

domingo, 1 de junho de 2008

All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to...
Brandi Carlile - The Story

sábado, 31 de maio de 2008




OH Amy, filha, devias ter seguido o conselho que te dei antes de entrares no palco...

Lembrar-te-ás?

Go to «Rehab»

sexta-feira, 30 de maio de 2008

- Ambrósio: apetecia-me algo, refrescante...
- Água senhora?
-Não, uma vida "nova"...

Aproxima-se a hora...
As expectativas são altas,
o esforço foi máximo,
os nervos têm de esperar à porta
e os erros, esses nem sequer podem aparecer por perto...

quarta-feira, 28 de maio de 2008


Tu és como o vinho do Porto...

Melhoras com a idade...
Parabéns

sexta-feira, 23 de maio de 2008

(Agorinha mesmo...)

Ele: Escreves bem...
Eu: ????
Ele: No teu blog.
Eu: Tu lês o meu blog?
Ele: Sim
Eu: Ahh....


(Isto está a ficar do tipo feira popular... =)
Ela: "Já não vinhas aqui a casa há uns dias... até estou admirada por te ter aqui sentada no meu sofá..."
Eu: "Sshhuu... Não digas nada..."
Ela: "Hum... já entedi... já te vou buscar chocolate..."

(lol)

"Se o sinal passar agora a verde ou o carro em sentido contrário for branco; se não chover até amanhã, o telemóvel tocar no próximo minuto, eu chegar a casa antes de ser noite ou se depois da esquina estiver alguém em pé à espera; se este cão atravessar a estrada ou o homem gordo me sorrir de volta, se o miúdo der a mão à mãe ao cruzar a passadeira, a farmácia estiver aberta e eu for atendida logo; se a nuvem em forma de oito não se desfizer em zeros ou se ainda houver o jornal de ontem na papelaria da esquina; se atrás do pombo ali pousado vier um outro, a seguir-lhe o amoroso trilho, ou se o locutor repetir a palavra hoje entre os dois noticiários; se aquela mota me ultrapassar antes de eu curvar para a esquerda ou se a matrícula da frente for ímpar, é porque voltas para mim."

http://umamoratrevido.blogspot.com

Shut up
Just shut up
Shut up
Hoje estou em altas
She makes a man want to speak spanish
(Thanks... ;)

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Let's play?
Well, I don´t think so...
Atira para trás das costas....
( porque tu és muito, percebes? )

quarta-feira, 21 de maio de 2008

"Faço o mundo dizer-me que estava errada, que afinal, as escolhas estão feitas à partida e nunca saberei como reagir nos instantes que me apagam.
E a tristeza, por vezes, ultrapassa as fronteiras, define os contornos e as dimensões de mim. Entra para lá das portas fechadas, sem sequer as abrir.
Assina a sua marca.
Entristece-me que as coisas simples fiquem delineadas por tanta coisa complexa.
Tens que me lembrar de lutar por mim antes de lutar contra tudo."

terça-feira, 20 de maio de 2008

No fundo, tenho medo. Medo de te voltar a ver. Medo de que as minhas mãos voltem a ser mãos outra vez e disparem dos pulsos para te despentear o cabelo e apertar-te os nós dos dedos, entalando-te as falanges como se fosses criança a quem cuidasse de atravessar a rua. Medo de que o meu corpo se lembre da fome que te teve e se queixe ruidosamente, como um estômago vazio; de que me dês água na boca e que de deserto árido passes a fonte de trevas com neptunos sumptuosos e fundos forrados a desejos. Medo de pensar que não te vejo desde ontem e de por isso não te rever, saudosa, antes achando que nunca nos fomos e que ainda nos damos as mãos, algures por Paris. Medo de, afinal, te ter esquecido em vão e de que nos encontremos de novo a meio de inocuidades gentis, amorosamente gentis; e de que tenhamos, inesperadamente, muito cuidado com os gestos, como se contornássemos vidros partidos ou fios descarnados. Medo de dar com os teus olhos e de neles mergulhar de cabeça, de engolir pirulitos, nadar-te e por ti ficar, num boiar infinito. No fundo, tenho medo de que a mera possibilidade da tua presença me diminua a graça dos dias. Por isso me quedo.

http://www.umamoratrevido.blogspot.com/

segunda-feira, 19 de maio de 2008

“Mas gostava que soubesses que já gosto muito de ti, embora ainda não tenha tido tempo de saber o que é isso de gostar muito de ti. Não faz mal, logo se vê. Não, o que me assusta mesmo muito, quase terror por vezes, é depois não poder voltar atrás, tão simplesmente como quem põe uma fita de cinema a rebobinar.
Quero dizer, depois de começar a gostar de ti como gosto, já não consigo desfazer isso que se fez, sei lá o quê, o que tu quiseres, isso tudo, o que nos traz juntos até aqui, se tu quiseres.”



Pedro Paixão "Muito, meu amor"

sábado, 17 de maio de 2008




I'll be waiting
Lenny Kravitz

He broke your heart
He took your soul
You're hurt inside
Because there's a hole
You need some time
To be alone
Then you will find
What you always know

I'm the one who really loves you baby
I've been knocking at your door

As long as I'm living, I'll be waiting
As long as I'm breathing, I'll be there
Whenever you call me, I'll be waiting
Whenever you need me, I'll be there

I've seen you cry
Into the night
I feel your pain
Can I make it right?
I realized there's no end inside
Yet still I'll wait
For you to see the light

I'm the one who really loves you baby
I can't take it anymore

As long as I'm living, I'll be waiting
As long as I'm breathing, I'll be there
Whenever you call me, I'll be waiting
Whenever you need me, I'll be there

You are my only one, I've ever known
That makes me feel this way
Couldn't on my own
I want to be with you until we're old

You have the love you need right in front of you
Please come home

As long as I'm living, I'll be waiting
As long as I'm breathing, I'll be there
Whenever you call me, I'll be waiting
Whenever you need me, I'll be there


(como eu gostava de ouvir isto no rock-in-rio)

quinta-feira, 15 de maio de 2008


E se me pudesses tirar uma fotografia à alma? Que cenário escolhias para fundo? Seria daqueles cenários idílicos (género praia exótica de areia branca e àgua cristalina, quisá umas palmeiras de fundo)? Seria uma cidade cheia de gente a passar por mim (fica aquele efeito tremido da confusão)? Talvez fosse aquele lugar que mais te marcou comigo (porque a minha presença te fez sentir bem)? E a minha alma? Que traria ela vestido? Talvez aquele vestido branco (de adolescente cheia de sonhos e esperanças em pleno baile de finalistas) ou um casaco branco (são sempre brancos...) apertado até ao cimo para fugir ao frio que se fazia sentir? Se calhar estava melhor de preto... E que expressão fazia ela na foto? Estaria a rir-se perdidamente (das nossas piadas privadas)? Estaria com aquela expressão de pânico (ajuda-me que não sei o caminho)? Se calhar estava apenas com um esticar de lábios forçado (que eu tanto uso ultimamente para não parecer antipática aos olhares dos outros).

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Deixas-me dormir na tua cama hoje? Vá lá... sabes que és a pessoa que mais atura as minhas crises de ansiedade, vá lá... estou a precisar daquelas nossas sessões que começam às dez da noite e se estendem durante pelo menos duas horas. Entro eu no teu quarto devagarinho, de almofada debaixo do braço e instalo-me comodamente ao teu lado, já sabes ao que venho. Desliga a luz e bora lá falar dos nossos problemas em conjunto... como eu preciso destes momentos terapêuticos ultimamente... mas tu gostas que eu sei (e eu também gosto e sei que tu o sabes). Um dia sei que vou sentir saudades deles por isso deixa-me sugar cada minuto destes momentos... deixa-me encostar mais a ti para te sentir mais perto e bora lá falar dos nossos problemas em conjunto... que seria da minha vida sem ti? Bora lá... Gosto muito de ti (e isto eu sei que já sabes de sobra...) afinal de contas temos o mesmo sangue a correr nas veias...

terça-feira, 13 de maio de 2008


Queres que te conte um segredo? Chega-te mais praqui, encosta o teu ouvido quase à minha boca e não faças barulho... às vezes sinto o meu coração apertadinho como um pé que tenta entrar num sapato dois números abaixo do que seria o ideal... outras sinto o coração clautrofóbico, qual elevador de meio metro quadrado, onde tentam entrar à força sete pessoas ao empurrão... pobre coração que parece não conseguir bater descontraidamente, no seu ritmo compassado e normal. A sístole parece querer vencer de qualquer maneira à diástole (nem que seja à batota) e então sais-me à força pelas artérias e dás a volta toda ao meu corpo ficando sempre teimosamente no teu lugar preferido que é o meu pensamento. Pobre coração que mal sabe ainda os tempos que se avizinham e quantas maratonas vai ter pela frente.

domingo, 11 de maio de 2008

Chamar a música




A música é tanto nas nossas vidas… O que seria feito daquela cena de filme, que nos estremece o mais ínfimo recanto das vísceras, se não fosse a música de fundo? O que seria feito daquela viagem que dura umas quantas horas, se não fosse a música para distrair? Para mim a vida sem música não faz sentido. Porque é a música que ouvimos naquele instante que reflecte o nosso estado de alma… Diz-me o que ouves dir-te-ei como te sentes. A música é uma língua universal. Conjunto de notas musicais que unidas de forma harmoniosa passam a fazer sentido aos nossos ouvidos. Quem nunca amou ao som de uma música que nunca mais vai conseguir dissociar daquela pessoa? Quem nunca sentiu que aquela música é perfeita para si? Uma mesma música pode pertencer a muita gente que a ouve no mesmo instante em qualquer outra parte do mundo. Músicas que ficam para a banda sonora das nossas vidas, músicas que nos fazem pensar em alguém, músicas que nos emocionam, músicas que nos obrigam a dançar, músicas que marcam um momento, músicas que nos arrepiam, músicas que nos transmitem força, músicas que nos pertencem de algum modo, músicas da moda, músicas banais... Não é em vão que alguns dos postes deste blog são letras de músicas. A música é tanto nas nossas vidas…

sábado, 10 de maio de 2008



One is the loneliest number
That you'll ever do
Two can be as bad as one
It's the loneliest number since the number one

No is the saddest experience
You'll ever know
Yes, it's the saddest experience
You'll ever know
Because one is the loneliest number
That'll you'll ever do
One is the loneliest number
That you'll ever know

It's just no good anymore
Since you went away
Now I spend my time
Just making rhymes
Of Yesterday

Because one is the loneliest number
That you'll ever do
One is the loneliest number
That you'll ever know

One is the loneliest number
One is the loneliest number
One is the loneliest number
That you'll ever do
One is the loneliest number
Much much worse than two
One is a number divided by two


Aimee Mann - One

Passagem das horas

Trago dentro do meu coração,
Como num cofre que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero.

(...)

Não sei se a vida é pouco ou demais para mim.
Não sei se sinto de mais ou de menos, não sei
Se me falta escrúpulo espiritual, ponto-de-apoio na inteligência,
Consangüinidade com o mistério das coisas, choque
Aos contatos, sangue sob golpes, estremeção aos ruídos,
Ou se há outra significação para isto mais cômoda e feliz.

(...)

Cruzo os braços sobre a mesa, ponho a cabeça sobre os braços,
É preciso querer chorar, mas não sei ir buscar as lágrimas...
Por mais que me esforce por ter uma grande pena de mim, não choro,
Tenho a alma rachada sob o indicador curvo que lhe toca...
Que há de ser de mim? Que há de ser de mim?

(...)

Meu coração tribunal, meu coração mercado,
Meu coração sala da Bolsa, meu coração balcão de Banco,
Meu coração rendez-vous de toda a humanidade,
Meu coração banco de jardim público, hospedaria,
Estalagem, calabouço número qualquer cousa
(Aqui estuvo el Manolo en vísperas de ir al patíbulo)
Meu coração clube, sala, platéia, capacho, guichet, portaló,
Ponte, cancela, excursão, marcha, viagem, leilão, feira, arraial,
Meu coração postigo,
Meu coração encomenda,
Meu coração carta, bagagem, satisfação, entrega,
Meu coração a margem, o lirrite, a súmula, o índice,
Eh-lá, eh-lá, eh-lá, bazar o meu coração.

(...)

Álvaro de Campos, 22-5-1916

sexta-feira, 9 de maio de 2008

And if you see me walking by
You don’t have to spend your time
Asking me if I’m alright
Do I look smarter?
Do I look stronger?
Doesn’t it make you wonder?
Well I am, well I am
O tempo é muito lento para os que esperam, muito rápido para os que têm medo, muito longo para os que lamentam, muito curto para os que festejam.
William Shakespeare

quinta-feira, 8 de maio de 2008



Sopra pra ver se passa...

terça-feira, 6 de maio de 2008

(Hoje de manhã assisti a esta conversa enquanto esperava pelo metro, entre uma menina pequenina e a mãe):


Menina (olhava espantada para os bancos da paragem com 3 estudantes bêbados a dormirem) - Mãe, estes meninos estão bem? Não têm camas em casa?
Mãe - Têm filha, mas estão cansados... Não olhes...
Menina - Cansados de quê?
Mãe - Cansados de beberem o que não devem!

domingo, 4 de maio de 2008

Queima-te à vontade...
Queima-te com quem quiseres...
Mas não me queimes a mim...

Porque por ela fazia tudo...

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Mais um dia em vão no jogo em que ninguém ganhou
Dá mais cartas, baixa a luz e vem esquecer o amor
És tu quem quer
Sou eu quem não quer ver que tudo é tão maior
Aqui está frio demais pra apostar em mim
Vê que a noite pode ser tão pouco como nós
Neste quarto o tempo é medo e medo faz-nos sós
És tu quem quer
Mas eu só sei ver que o tempo já passou e eu fugi
Que aqui está frio demais pra me sentir... mas queres ficar?
Tudo o que é meu
É tudo o que eu
Não sei largar
Queres levar
Tudo o que é meu
E tudo o que eu
Não sei largar
Vem rasgar o escuro desta chuva que sujou
Vem que a água vai lavar o que me dói
Vem que nem o último a cair vai perder
Tudo o que é meu
É tudo o que eu
Não sei largar
Queres levar
Tudo o que é meu
E tudo o que eu
Não sei largar
Vem rasgar o escuro desta chuva que sujou
Vem que a água vai lavar o que me dói
Vem que nem o último a cair vai perder
Não... vai perder...
Tiago Bettencourt - O jogo
Não te esqueças que tens 500 gr de abraços,
250 gr de piadas e 100 gr de novidades em atraso...
O que a vida tem mesmo de fantástico são as pessoas que passam por ela...

terça-feira, 29 de abril de 2008

Eu sou a emoção do perigo com risco calculado. Sou a gargalhada como regra e o sorriso tímido noutras tantas. Sou a vontade de quero-ainda-muito-mais-tudo.Sou um olhar de confiança a quem pede segredos. Sou amizade.Sou a minha casa. Sou os meus livros na cama.Sou um abraço inesperado. Sou a opção de ter de ser tudo e a recusa de ser só porque sim. Sou uma folha em branco de um caderno cheio para trás. Sou (hoje) calar para não magoar. Sou uma brincadeira excitante, uma palavra no ouvido e um beijo roubado. Sou uma boa conversa num fim de tarde. Sou a saudade de voltar a ser criança quando me canso de ser adulto.Sou orgulho. Sou racionalizar e procurar o lado bom das situações. Sou mais calor que frio, mais silêncio que brigas, mais ler que escrever. Sou mais ponderar que definir, mais presente que futuro, mais piano que flauta, mais calma que desespero, mais nervinhos que pânico. Sou mais esquerda que direita.Sou muito, mas muito mais emoção que razão. Sou prender lágrimas quando emocionado. Sou aprender. Sou ensinar. Sou filmes de manta no sofá em dias de Inverno. Sou o escuro do cinema. Sou a música calma em altos berros em dias de arrumações. Sou surpreender e ser surpreendido, ouvir palavras doces e elogios sinceros. Sou descobrir que tinha razão, sou descobrir que não a tenho. Sou eu mesmo.Gosto de saber quem sou.
E tu, quem és?"


Retirado do blog - Gostar à bruta

segunda-feira, 28 de abril de 2008

We're made out of blood and rust
Looking for someone to trust without a fight .
I think that you came too soon;
You're the honey and the moon that lights up my night.
Joseph Arthur - Honey and the moon

terça-feira, 22 de abril de 2008

Dia da Terra

Ao longo de cada ano, são vários os dias que celebram este ou aquele tema ambiental: a Água, a Floresta, a Conservação da Natureza...
Todos estes dias servem de pretexto para sensibilizar os cidadãos para a importância desses mesmos temas; para a necessidade de acção conjunta entre políticos e cidadãos, em nome da preservação do ambiente e melhoria da nossa qualidade de vida.

Dia 22 de Abril é o Dia da Terra. Do nosso Planeta. Este dia pode assim englobar todas as temáticas comemoradas no "calendário ambiental", constituindo uma excelente oportunidade para fomentar o início de projectos mais amplos nos domínios ambiental, com benefícios para todos.

Não encaremos o Dia da Terra como mais um dia em que se ouve o termo "ambiente" com maior frequência. Façamos mudanças significativas nos nossos hábitos e atitudes. Reflictamos: se algumas das acções nem são assim tão difíceis, se abunda a informação, porque é que ainda se não fazem sentir grandes diferenças?

Desafio-o(a) a si a mudar um hábito seu a partir de hoje. Várias sugestões podem ser encontradas aqui, ali e acolá.


domingo, 20 de abril de 2008

ABC do despacha....

Mandaram-me este e-mail e eu achei que poderia ser útil para algumas de vocês...
Trata-se de um mini kit de sobrevivência para aqueles rapazes que metem conversa com tudo o que mexe...
Cá vai:

Ele: Posso pagar-te uma bebida?
Ela : A bem dizer, prefiro que me dês o dinheiro...

Ele: Viva. Não nos encontramos já uma ou duas vezes?
Ela: Só pode ter sido uma. Eu nunca cometo o mesmo erro duas vezes.

Ele: Onde foste buscar tanta beleza?
Ela: Devem ter-me dado a tua parte...

Ele: Queres sair comigo no próximo sábado?
Ela: Lamento, vou estar com dor de cabeça.

Ele: Essa carinha deve dar a volta a muitas cabeças.
Ela : E essa deve dar a volta a muito estômago.

Ele: Acho que te podia fazer muito feliz.
Ela: Como? Vais-te embora?

Ele: Podes dar-me o teu nome?
Ela: Porquê? Não te deram já um?

Ele: Por onde tens andado que só agora te vi?
Ela: A enconder-me de ti.

Ele: Não nos encontramos já num lugar qualquer?
Ela: Já. Por isso é que eu nunca mais lá fui.

Ele: Este lugar está vago?
Ela: Está. E se te sentares, este também.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Aguardo-te, embora nem sempre te espere. Mesmo quando pretendo que nada me sejas, aguardo-te inerte, junto a mesas partidas e a lâmpadas antigas, com traças pousadas no nariz e aranhas que desfiam as suas teias por entre as minhas falanges abertas. Aguardo que te rebentes como um dique e que inundes tudo à tua passagem, ensopando terras e arrastando telhados, na torrente inevitável que será desaguares-te em mim. Serei então o declive, a descida a pique num ângulo impossível, o resvalo mais perigoso e a zona estupidamente baixa para onde encaminharás as tuas águas passadas. Aqui, onde é sempre inverno e cheira a aventuras de piratas e ao lodo das marés, ser-me-ás presente. Aguardo que tenhas frio outra vez e que entre nós se sobreponha a tonelada de roupa que então não soubemos arrancar e que tentámos aligeirar com o rendilhado da adjectivação excessiva. Mas também aguardo o contrário: que esta promessa de estio me permita roçar vagamente o ombro no teu cotovelo distraído. Aguardo-te no ar que vou farejando como um perdigueiro, no ouvido de batedor experiente que tem dias colo ao chão e neste pau de vedor que seguro entre mãos e que teima em apontar para ti. Sabes que te aguardo (embora nem sempre te espere) e que um dia virás e cairás, por fim, exausto, nos meus braços de lama e que nos amaremos por entre os destroços da enxurrada, até que alguém nos resgate.
um dia este blog tem de dar um livro - http://www.umamoratrevido.blogspot.com/
Costuma dizer-se por aí que tempo é dinheiro... Tens troco para 120 min?
Me gustan los aviones, me gustas tu.
Me gusta viajar, me gustas tu.
Me gusta la mañana, me gustas tu.
Me gusta el viento, me gustas tu.
Me gusta soñar, me gustas tu.
Me gusta la mar, me gustas tu.
(...)
Me gusta la moto, me gustas tu.
Me gusta correr, me gustas tu.
Me gusta la lluvia, me gustas tu.
Me gusta volver, me gustas tu.
Me gusta la montaña, me gustas tu.
Me gusta la noche, me gustas tu.


Manu Chao - Me gustas tu

Chove desde ontem e eu gosto... A chuva que touxe com ela a cor cinzenta, um odor característico de terra molhada e um casaco apertado até ao último botão... depois vem aquele barulho das gotas de água a baterem contra o vidro fechado, quer seja o vidro do carro, do metro, ou da janela lá de casa... e como sabe bem ouvir a chuva forte lá fora enquanto estamos enroscados na manta do sofá ou quando estamos prestes a adormecer no quentinho dos lençóis... É a chuva que tantos compositores inspira, que refresca o ambiente à nossa volta, leva o calor embora e que penetra nos poros da pele, vai até aos nervos... A chuva faz vir pensamentos... E esses pensamentos podem ser refrescantes como ela própria...

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Andar de metro no Porto até tem as suas coisas boas (e más...). Estava aqui a lembrar-me das coisas boas:
  • Depois de uma semana reconheçemos 1/3 das caras das pessoas que viajam conosco e já esboçamos um sorriso àquela menina pequenina que olha para nós curiosa.
  • Temos tempo para ler os jornais diários gratuitos ou para ler um livro.
  • Ouvimos música (a nossa ou, quando nos esquecemos de carregar o leitor, a de quem vai sentado ao nosso lado... lol... isto dava que falar...)
  • Tentamos decifrar pela cara o que fará aquela pessoa que se sentou à nossa frente e inventamos histórias estúpidas das quais nos rimos sozinhos...
  • Assistimos a cenas surreais (a melhor até agora foi a dum senhor bêbado de microfone na mão a tentar animar o pessoal que viajava no metro como se duma excursão de autocarro se tratasse, a pedir pra cantarmos com ele o refrão do "Aperta com ela" ).
  • Às vezes encontramos alguém conhecido e vamos lanchar.
(Hoje enquanto estavamos à espera do metro...)

Ela: "Estou farta desta greve do metro... Quem me dera que ainda tivesses o teu carro..."
Eu (suspirando e olhando para os 23 min que marcavam no relogio) : "Eu também... acredita..."

segunda-feira, 14 de abril de 2008

" Se eles soubessem ler o medo, a solidão, a incerteza que eu vejo em mim, que eu leio em ti, seriam donos do nosso destino e nós mera carne putrefacta de tão desinteressante que se revela. Resta-nos a máscara, a facies, a expressão de um jogo perigoso, um teatro social, o nosso mundo numa bola de neve que moldamos como queremos e ambicionamos. "



Retirado do blog dele -http://sshuu.blogspot.com/ -
onde ela se sentiu enquanto o lia....
A minha vida girou 180º precisamente numa semana... Não me consigo exprimir como queria, não entendo quem gostaria de entender e não dou espaço a gente que tenta entrar nela... Prego a fundo que se faz tarde e tento levar tudo à minha frente... Sai-me pior a emenda que o soneto... Vesti rápido o fato-de-treino, peguei nos óculos de sol e no mp3 e saí de casa a correr... só parei lá longe, já no areal da praia... precisava de me sentir cansada, precisava que a dor física aliviasse a dor que me vai na alma... Agora posso respirar fundo e recomeçar tudo de novo... Já estou demasiado habituada a recomeços, não há-de custar muito... Depois, a água do chuveiro levou com ela tantas recordações quantas as que mantenho para mim... se quiseres apanhá-las tenta da próxima vez que estiveres debaixo do teu, fechar os olhos, abrir a boca e deixá-las invadirem-te a alma. Um dia talvez tenhamos outra recaída... porque afinal de contas, é a dor que nos mantém mais despertos...
Desculpa
Desculpa
Desculpa
Desculpa

sábado, 12 de abril de 2008

Dá-me ar
Dá-me espaço para respirar
Dá-me tempo para sofrer
Quero alcoól para comer
Quero um muro para espancar
Até doer...
Dá-me ar
Quero vento para tentar
Quero luz só para me ver
Quero ferro para trincar
Quero olhar de frente o sol
Até queimar...
Dá-me ar...
Quero mais
Quero um trono para perder
Quero um quarto para gritar
Quero gente para roer
Quero um mundo para puxar
Até morrer...
Dá-me mais
Quero terra para comer
Quero Deuses para lutar
que o mais fácil é perder
que o difícil é pensar
em acordar...
Dá-me ar...
Dou-te cor
Dou-te vidas para cantar
Dou-te raiva para dançar
por cima do que é meu
Dá-me ar.
Toranja -Dá-me ar
Também eu queria parar...
chorar... cair...
p'ra me levantar, p'ra te puxar!
Te fazer sorrir, não
voltar a cair!...
Toranja - Cada vez mais aqui
Pelo menos tu fazes-me rir...

Coisas de gente para além do normal (ou seja, para-normal...)





Se alguém quiser visitar esta espécie em vias de extinção (já só há 1 exemplar em todo o mundo!) falem comigo...
Brinco contigo e com o desejo que nos temos, porque somos, fundamentalmente, amigos e é assim que os amigos fazem: contam-se segredos, partilham impossíveis e tocam-se pela rama. Brinco connosco e com esta pesca ao arrasto, em que nos atiramos redes esburacadas e nos escapamos como golfinhos com sorte, semana após semana, porque te acho graça a essa fuga em frente, desmazelada e perigosa. Brinco comigo, porque me vejo excessiva e ridícula, a querer-te de modo tão perdulário quanto inútil, refém de um desejo-tractor inutilizado e avariado num palheiro de quinta. Brinco, porque sei que me desperdiço as horas e me vou gastando com nada, mas, que queres, acho-me graça, à perseverança amorosa e à disponibilidade sorridente, que me acrescentam sempre algo de bom. Gozo com o sexo bestial que nos invento em coreografias madrugadoras, porque jurei que pela minha pele nunca mais perpassaria a angústia de não te poder ter e eu cumpro sempre as minhas juras (menos a que às vezes te faço, que é a de deixar de te querer). Brinco, porque às vezes me sinto outra vez miúda de sardas e de dentes de coelho, à beirinha do último degrau do prédio e do primeiro amor, a provocar-me vertigens, curiosa dos mistérios da queda brusca. Brinco contigo e com o desejo que nos temos porque somos, fundamentalmente, amigos (e é assim que os amigos fazem).
Escrito por Sofia Vieira
Se já tinhas vindo aqui à procura de palavras a ti dirigidas, fica sabendo que não escrevi com medo do que me poderia ter ocorrido naquele momento... Vontade não me faltou, mas os dedos paralisavam a cada tentativa, perante o teclado negro do computador.
Se calhar foi melhor assim... Ou se calhar não... Poderia ter sido bem diferente, mas tu insistes em criar uma capa à tua volta e eu continuo a desistir à primeira de relações unilaterais...

sexta-feira, 11 de abril de 2008

I know all of the things that make you who you are...
Já era tempo de me deixares respirar...

terça-feira, 8 de abril de 2008

Para te animar (ou não...)

Se tu fosses um momento do dia eras noite...
Se tu fosses um sentimento eras surpresa...
Se tu fosses uma palavra eras inesperado...
Se tu fosses um gesto eras um abraço...
Tu és mais do que eu pensava...

Prainha


Peço desculpa se sentiram a minha falta, mas um fim-de-semana de praia em pleno mês de Abril é um luxo... E eu não o podia deixar passar ao lado...

sexta-feira, 4 de abril de 2008

O primeiro e espero que o último...

"Acidentes acontecem..." tem piada como esta frase muda de intensidade quando nos é dirigida a nós.... Ontem comecei o dia da pior forma possível... e o meu irmão (o engraçado da família), quando lhe conto o que se tinha passado, saiu-se com esta: "_ Pensa que hoje já foste notícia, quando de manhã disseram no telejornal e na rádio trânsito lento devido a um acidente na A24... Ahhhhhhhh!!!!! Afinal eras tu!!!!!! Tanta gentinha a chegar atrasada ao emprego por tua culpa...."

quarta-feira, 2 de abril de 2008

O final das nossas conversas no msn

Eu: " Vou-me embora darling..."
Ele: " Au revoir mon sweet cherry..."
Eu: " Gosto muito de si... mon sweet ferrero..."
Ele: (ícone do msn a chorar)
Eu: "Deixa-te de choraminguices.
Sê um homem forte.
Um ferrero nunca chora.
Nem mesmo qdo o trincam.
Nem qdo lhe dão cabo da avelã."
Ele: "só o cherry...
derrama licor..."
Eu: "A cherry é lady...
pode choramingar
mas um ferrero NUNCA!
Se tu não lesses este blog podia neste momento estar a escrever aqui sobre ti. O que até tem piada porque estou neste momento a escrever isto sobre ti. Mas tu não queres que eu escreva porque tens medo do que possas ler aqui. Quebrei a minha palavra de quando te disse que não ia escrever mais.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Ainda bem que hoje ninguém se saiu com nenhuma mentira parva, daquelas que mais valia nem sequer terem sido pensadas quanto mais pronunciadas deliberadamente. Nunca gostei do dia das mentiras. Afinal de contas não é preciso haver um dia para as pessoas terem desculpa para poderem mentir e serem perdoadas, já nos basta mentirmo-nos uns aos outros durante todo o ano.
E eu descobri que ninguém é livre. Somos todos fugitivos de alguma coisa. Tentamos todos acreditar que o destino nos está na palma da mão quando na verdade não fazemos a menor idéia do que se seguirá no guião desta peça que tem lugar no teatro das nossas vidas.
Se tu soubesses como eu tenho crescido ultimamente. Se tu soubesses como mudei muita coisa do meu "eu". Hoje cresci mais uns quantos centímetros. Como reagir quando uma pessoa de quem já gostamos muito nos diz que lhe foi detectado um tumor e está à espera do resultado da biopsia? Tentamos dar-lhe o nosso melhor. Tentamos acarinha-la da melhor maneira possível naquele momento. Mas quando nos afastamos e pensamos no quanto já gostamos dela e no quanto ela já nos ajudou choramos só de pensar no sofrimento pelo qual ela está a passar.
Que ninguém diga que nunca receou a morte...
Que ninguém diga que já viveu demais...
O viver nunca é demais...

sábado, 29 de março de 2008

Sé lo que hicisteis la ultima semana 28/03/2007




O programa chama-se "Sé lo que hicisteis la última semana". O canal onde é transmitido é "La Sexta". E é um dos meus programas favoritos (se calhar posso arriscar a dizer que é o favorito dentro deste formato). Decidi mostrar-vos porque este é o género de programa que os portugueses nunca vão conseguir fazer na vida...
Esto en Portugal es un bordel...

sexta-feira, 28 de março de 2008

Hoje fizeram-me a seguinte pergunta:
"_Onde é que a menina vai buscar forças para continuar a lutar no meio de tamanha mediocridade?"
Fez-se silêncio. Tentei vasculhar rápido no meio da barafunda que vai dentro da minha cabeça mas não achei resposta. Perferi responder:
"_Nem eu mesma sei..."
Melhor frase do dia: "Todas as pessoas deviam trazer manual de instruções"

quarta-feira, 26 de março de 2008

Férias dentro das minhas férias

A Páscoa correu bem. Estive com aqueles amigos que já não via há bastante tempo. Deu para pormos a conversa em dia. Cada vez dou mais valor àqueles bocadinhos que passamos juntos a discutir aquilo que fizémos desde a última vez que nos encontramos e aquilo que pretendemos vir a fazer num futuro próximo. Falamos das viagens que fizémos recentemente e das viagens que pretendemos vir a fazer. Sentamo-nos no café ao início da tarde e saímos ao final do dia quando demos pelo escurecer lá de fora (já se fazia tarde). Comi folar a sair do forno e vi filmes. Soube bem sentir os arrepios na pele, provocados pelo frio daquela cidade, e percorrer numa tarde sozinha aqueles caminhos pelos quais fui verdadeiramente feliz. Sentei-me a olhar para o rio e a pensar na volta que gostaria de dar à minha vida.

domingo, 23 de março de 2008

Querias que escrevesse o que senti ao rever-te, que deixasse cair como ainda te quero e me arrepanho e derramo no teu olhar lacustre, mas não, desculpa. Esperas que eu te vá escoando através de palavras mansas,porque nelas te bastas e nos desbastas, mas não, lamento. Nem penses que te contarei como me contorci os tornozelos sóbrios na vontade ébria de me roçar ao de leve no canto direito da tua boca e desengana-te, se vens à procura do que não te pude dizer, porque tu não deixas (nunca deixas) e eu não quero (às vezes, quero). Também não te direi que só quando te vi percebi como tinha de facto saudades, e que as saudades que andei a dizer-te que tinha eram mentira, pois delas não fazia a mínima ideia, nem sequer sabia que as evocava como mero remate de breves despedidas por escrito. Gostarias que te descrevesse como esta noite me agarrei à almofada, náufraga por fim em terra firme, que a pus entrepernas como fazem as crianças com medo do escuro e que, depois, a atirei para os pés, espreguiçando-te para fora da cama, escoiceando para o chão os lençóis suados que quereria encharcados do teu esforço anaeróbico sobre o riso do meu umbigo. Querias que te abrisse os meus desejos cerrados como às vezes te abro com raiva as minhas pernas (reumáticas, atrofiadas, gangrenadas e cobertas de varizes em forma de afluentes parados, como as que surgem na velhice da espera).


Este texto foi retirado do meu blog favorito - http://www.umamoratrevido.blogspot.com
Escrito por Sofia Vieira
Turbilhões de idéias percorrem a minha cabeça e eu estou cansada demais para pensar no que quer que seja. Decidi ignorar aquela voz interior que só eu oiço. Por vezes insiste em incomodar fora de horas e persiste em racionalizar tudo. Hoje não (ponto). Hoje não me apetece ouvir-te. Cansei-me da minha própria voz. Deixa-me estar assim, sem pensar em nada, enquanto ao mesmo tempo sei que estou a pensar em tudo. Afinal de contas será que esse tudo não acaba por se traduzir num nada?


Auto-punição: Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber.Tão cedo não voltarei a beber...

domingo, 16 de março de 2008



Será que deste modo me sais da cabeça? Afinal de contas dizem que a gravidade vence tudo...
You stare at me
And ask me questions
Makes me nervous
This room it keeps a constant tone
While I'm on a roller coaster


Kate Havnevik - Unlike me

sexta-feira, 14 de março de 2008

Hoje soube bem ouvir a tua voz. Gostei da atitude espontânea de pegares no telemóvel, procurares o meu número no meio de tantos outros da tua agenda e gastares comigo 11 minutos do teu dia. Gostei. Afinal de contas os verdadeiros amigos fazem-nos isso. Lembram-se de nós, perguntam-nos que rumo leva a nossa vida, interessam-se pelos nossos problemas e ligam. Obrigada por gastares tempo comigo, mesmo tendo teste amanhã. Outros dizem que quando têm exames o mundo à volta pára... Tu não. Tu continuas a "gastar" o teu tempo comigo. Hoje soube bem ouvir a tua voz.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Soube bem...

Eu - Ouviste alguma coisa do que eu te disse?
Ele - Não. Estava entretido a olhar para ti.
Eu - Deixa-te de coisas... tu já estás farto de me ver...
Ele - Com essa camisola verde não...
O que guardo para mim? Aquele momento, em que encostada ao teu peito, brinco com a tua mão e me sinto segura...

quarta-feira, 12 de março de 2008

O mais estranho, é que gosto mesmo de ti. Gosto moderadamente dos amigos e tolero os colegas, a porteira, a empregada e o antunes do supermercado. Mas de ti, gosto mesmo. A tua lembrança é um prazer que desliza, surripiando-me; chegas de repente, agradável como uma brisa quente ou uma boa notícia, e eu imagino-nos cenários, não amorosos nem eróticos, mas, antes, de circunstância: encontros fortuitos, casuais, um pequeno-almoço, um relance de carro, um telefonema, uma gargalhada, um encontro de pulsos, de tornozelos. Faço-o sem qualquer expectativa romântica ou intuito amistoso: és menos do que um amante e mais do que um amigo. Não que me sejas mais próximo ou íntimo, porque não o és, mas porque, mesmo longínquo, me exaltas e entreténs, ocupando o meu espírito movediço e centrando-o, como a perspectiva de ir de férias ou de casar amanhã. Não me iludo, não é disso que se trata: apenas te construo em mim, uma e outra vez, como uma primeira dentada antecipando a gula, lenta e deliberada. Nunca o esmaecer do teu rosto me angustia, antes, enleva-me e inspira-me, soalheiro. Há momentos em que te conduzo para sítios bonitos de cartaz, como jardins secretos e praias desertas, e onde te vejo ao meu lado como se estivesses mesmo. Ali, entabulo conversas, contradigo-te e acotovelo-te, deixando que me faças cócegas e me olhes longamente, como os casais nas fotografias. Encontro-te no estame de uma flor, na caruma dos pinheiros e na linha do horizonte: basta-me olhar com atenção. E cheiras sempre bem: uma mistura de pólenes, resinas e maresias, da qual sobressai o travo adocicado do desejo, quieto como as nuvens mais altas. Acima de tudo, enterneces-me. E é esta perenidade mansa, que não reconhece o escavar do tempo, que não pede retorno e se basta em si mesma, que às vezes me inquieta e assusta, nem sei bem porquê.

Este texto foi retirado do site http://www.umamoratrevido.blogspot.com
Para quem gostou não deixem de visitar este site...

segunda-feira, 10 de março de 2008



Porque há dias em que a saudade aperta mais que nunca....

sexta-feira, 7 de março de 2008

Conversas 3#

(Hoje durante o almoço)

Ela 1 - "Aquele rapaz ainda não parou de olhar para a nossa mesa... até é giro!"
Eu - "Tens duas opções ou sorris pra ele ou o ignoras..."
Ela 2 - "Como é que sabemos qual de nós é que lhe agrada?"
Eu - "É fácil, olhamos todas pra ele e ficamos logo a saber..."
Ela 1 - "Não estou a perceber como..."
Eu - "Aposto que ele vai centrar o olhar na que lhe interessa..."
(passado uns segundos...)
Ela 2 - "Acho que ele olhou para todas..."
Eu - "Afinal, se calhar ainda se está a decidir..."

quinta-feira, 6 de março de 2008

Os melhores cantores são os bêbados, os melhores cabeleireiros são os larilas, os melhores taxistas são os que dizem “No tempo do Salazar é que era bom”, o melhor cigarro é o primeiro do dia, o melhor carteiro toca sempre duas vezes e uma delas é na nossa mulher, o melhor leitão é o da Mealhada, a melhor Miss foi a Helena Laureano mas já foi há muito tempo. Os melhores filhos são os nossos, os melhores pilotos são aqueles que já caíram uma vez ou outra mas sem importância, os melhores filmes nunca ganham os óscares, a melhor festa é sempre aquela a que não vamos, as melhores evasões são as fiscais. Os melhores árbitros são aqueles que conseguem roubar mesmo à frente do nosso nariz, as mulheres mais bonitas são sempre as dos outros, as melhores mercearias são as mais careiras, os alunos de maior talento são os que não estudam nadinha, os melhores políticos são os que se fazem aprovar tal qual uma lei.

Os melhores artistas são os que vivem na penúria, os maiores génios são os que obtiveram reconhecimento depois de morrer, a melhor notícia é a de abertura, o melhor do mundo foi o Pele. Os melhores momentos são aqueles que não estávamos mesmo a contar, o melhor do dia foi isto agorinha mesmo, o melhor orgasmo “desculpem mas não posso dizer!” a melhor caneta é aquela que não escreve no exacto instante em que precisávamos dela, o melhor lápis é aquele que desaparece no momento em que alguém do outro lado da linha nos diz “Quer apontar o número?” e nós do outro lado” Quero pois, estou só aqui à procura de um lápis que deve estar por aqui, é só um bocadinho se não se importa, porra para a porcaria do lápis que não aparece, oh querida viste o lápis? A melhor comida é a lá de casa, o melhor calor é o do Inverno, a melhor namorada foi a primeira, o melhor jogo foi aquele 6 a 3, a melhor fundação é a que faz lavagem de dinheiro, o melhor ladrão é o que rouba aos ricos para dar aos pobrezinhos, o melhor pudim- e agora cantemos todos juntos - "É pudim Danone! Não pares!Não pares!É pudim Danone!" - o melhor nariz é do Júlio Isidro, a melhor caldeirada é a que estamos metidos, o melhor número suplementar é o do totoloto, o melhor domingo é aquele em que passamos a ver filmes deprimentes deitados no sofá, o melhor tempo é o tempo da outra senhora, o melhor de tudo é termos saúde, a melhor série foi o verão azul, a melhor jornalista é a Clara de Sousa quando vem com uma saia curtinha, a melhor linha foi “Bingo!”.




A melhor mãe é a nossa, a melhor frase é aquela que nunca te disse, o melhor orvalho é o da manhã pela fresquinha, as melhores previsões meteorológicas eram as do Anthímio de Azevedo. Os melhores doces eram os da avó, a melhor canja é a de galinha, o melhor vizinho é aquele que só chama a polícia por volta das 2 da manhã, as melhores multas são as que são amnistiadas com a vinda do Papa, a melhor revolução foi o 25 de Abril, os melhores desenhos – com excepção da animação com bonecos de plasticina da Bulgária – eram os do Vasco Granja, a melhor aposta era a “ai que me esqueci de preencher o boletim!”, o melhor médico era o de família, as melhores compromissos são os inadiáveis, o melhor número será sempre o 115. O melhor partido é “aquela rapariga que é de boas famílias, filho!”, o melhor sindicalista foi o Torres Couto quando tinha bigode. A melhor noiva é aquela que chega mais de meia hora atrasada, o melhor aumento já foi há muito tempo, os melhores recibos são os verdes, o melhor da minha rua, sou eu.

Fernando Alvim - http://esperobemquenao.blogspot.com
it's ok by me..

it's ok by me..

it's ok by me..it was a long time ago

quarta-feira, 5 de março de 2008




Porque eu não gosto de perder apostas...

Definitivamente os homens estão a mudar:

1) Antigamente eram eles que se queixavam que as mulheres não faziam mais nada senão ver telenovelas... pois é, obra (ou não) do destino hoje são eles a gostar de as ver, enquanto nós avançamos para as séries...

2) Antigamente eram eles que se queixavam que as mulheres demoravam eternidades no cabeleireiro a fazer a manicure e a depilação... pois é, obra (ou não) do destino hoje são eles que estão sentados no cabeleireiro (a tirar-nos vez) para arranjar as unhas e para fazer a depilação...

3) Antigamente eram eles que se queixavam que as mulheres no trânsito se distraíam com muita facilidade... «vêem-se no retrovisor para pintar os lábios e arranjar o cabelo e a gente tem de lhes apitar...» pois é, obra (ou não) do destino hoje tive de ser eu a apitar a um cavalheiro que me antecedia na fila de trânsito porque estava distraido a arranjar o cabelo...

terça-feira, 4 de março de 2008

O principezinho


... Julgava-me muito rico por ter uma flor única no mundo e, afinal só tenho uma rosa vulgar...
Foi então que apareceu uma raposa .
- Olá, bom dia! disse a raposa.
- Olá, bom dia! - Respondeu delicadamente o princepezinho...
-Anda brincar comigo - pediu o princepezinho. Estou tão triste...
- Não posso ir brincar contigo - disse a raposa. - Ainda ninguém me cativou...
Andas á procura de galinhas? (diz a raposa)
Não... Ando á procura de amigos. O que é que "cativar" quer dizer?
... Quer dizer que se está ligado a alguém, que se criaram laços com alguém.
Laços?
Sim, laços - disse a raposa. - ...
Eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo e eu serei para ti, única no mundo...
(raposa) Tenho uma vida terrivelmente monótona...
Mas se tu me cativares, a minha vida fica cheia se Sol.
Estás a ver, ali adiante, aqueles campos de trigo? ... não me fazem lembrar de nada. É uma triste coisa! Mas os teus cabelos são da cor do ouro. Então quando eu estiver cativada por ti, vai ser maravilhoso! Como o trigo é dourado, há-de fazer-me lembrar de ti...
- Só conhecemos as coisas que cativamos - disse a raposa. - Os homens, agora já não tem tempo para conhecer nada. Compram as coisas feitas nos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos, os homens já não tem amigos. Se queres um amigo, cativa-me!
E o que é preciso fazer? - Perguntou o princepezinho.
- É preciso ter muita paciência. Primeiro, sentas-te um bocadinho afastado de mim, assim em cima da relva. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não dizes nada . A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas todos os dias te podes sentar mais perto...
Se vieres sempre ás quatro horas, ás três já eu começo a ser feliz...
Foi assim que o princepesinho cativou a raposa. E quando chegou a hora da despedida:
- Ai! - exclamou a raposa - Ai que me vou pôr a chorar...
... Então não ganhaste nada com isso!
- Ai isso é que ganhei! - disse a raposa. - Por causa da cor do trigo...
Depois acrescentou:
- Anda vai ver outra vez as rosas. Vais perceber que a tua é única no mundo.
O princepesinho lá foi... - vocês não são nada disse-lhes ele. - Não há ninguém preso a vocês... - não se pode morrer por vocês...
... A minha rosa sozinha. vale mais do que vocês todas juntar, porque foi a ela que eu reguei, que eu abriguei... Porque foi a ela que eu ouvi queixar-se, gabar-se e até, ás vezes calar-se. Porque ela é a minha rosa.
E então voltou para ao pé da raposa e disse:
- Adeus...
- Adeus - disse a raposa. - vou-te contar o tal segredo. É muito simples:
Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos...
Foi o tempo que tu perdes-te com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante.
- Os homens já se esqueceram desta verdade - disse a raposa. Mas tu não te deves esquecer dela.
Ficas responsável para todo o sempre por aquilo que está preso a ti. Tu és responsável pela tua rosa...

segunda-feira, 3 de março de 2008

Conversas 2#

Ela _ "Sabes o que é que ele teve a coragem de me dizer na cara?"
Eu _ "Não... Diz lá."
Ela _ "Que isto não passou de um flirt!!!"
Eu _ "Mas tu já sabias disso..."
Ela _ "Pois sabia... mas normalmente sou eu que lhes acabo com as esperanças..."


?E que tal começarmos a dar mais cor às nossas vidas?

domingo, 2 de março de 2008

Aprendizagens que marcam...

Se me perguntassem o que mais me marcou nestes dias que passei na Holanda, até ficava bonito dizer que tinha sido a beleza natural das paisagens, o verde dos campos que rodeiam as estradas... os canais sem fim que regam de frescura os caminhos entre os bairros... as vilas cheias de casas típicas todas alinhadas na perfeição...
mas na verdade, aquilo que mais me marcou nesta viagem foi o elo de ligação que mantive com duas crianças, que apesar de não falarem a mesma lingua que eu, me deixaram completamente rendida aos seus encantos...
Porque apesar de não saberem o significado da frase "_ Gosto de ti!", entendem o significado de um abraço apertado e de um beijo na cara que faz barulho propositadamente ao ser dado...
Crianças que sabem que uma gargalhada significa que estamos a entrar na brincadeira deles e que nos tentam arrancar outra e outra...
Aquilo que me marcou mais foi a ligação que consegui manter com eles...

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Traveling...

domingo, 24 de fevereiro de 2008

"E eu, e tu,
Perdidos e sós,
Amantes distantes,
Que nunca caiam as pontes entre nós."
Pedro Abrunhosa

sábado, 23 de fevereiro de 2008


Quando o fim-de-semana chega eu abro-lhe a minha porta com um sorriso de orelha a orelha...
"- Sê bem-vindo... eu vou só ali dormir um bocadinho e já venho, sim?"

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Manhãs da comercial


"_Desde já um beijinho para o José Castelo Branco, esse representante dos travestis portugueses... Já repararam na semelhança do seu corte de cabelo com o de Fátima Lopes???

_ A pequenina diferença que existe é, que me parece, que o dito corte fica um nadinha mais másculo na Fátima..."