quarta-feira, 30 de janeiro de 2008


"Largaram-me a mil metros do chão
Largaram-me porque me agarrei
Numa alucinação de vida
Que me enchia o coração
E que agora vejo perdida
Num cair que já não sei
Largaram-me a mil metros do chão
Reparo o sol que se afasta no ar
Rasgo caminho onde o vento dormia
Adormeço sentidos no meu furacão
Enquanto sol anuncia o dia
Sinto o meu corpo, desamparado, deslizar...
(...)
Enquanto caía a terra rachou
E eu via a queda ainda mais funda
Ao meu lado passava tudo o que passei
Comigo a miragem que nada mudou
Do voo rasante que nem começou
Do tempo apressado que nem reparei"
Toranja - Lados errados
Como é que é possível estas palavas traduzirem tão bem aquilo que senti quando fiquei a saber as colocações de 2007???
"Quando um dia acordares
Numa noite sem mentira
E te vires onde não estás
Vais querer voltar para trás."
Toranja - Adormecido

Futuro


Alguém me empresta uma bola de cristal? De preferência que funcione...

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Maybe tomorrow I'll find my way...

Recordações


Saudades das tardes de chá e conversas animadas... "Vamos fazer o trabalho de Bioquímica?" _ "Bora",.. (três horas depois...) "Ficaste a perceber o que era a reacção de Benedict? E a de Seliwanoff?" _ "Não, e afinal o que é uma Osazona???"


Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço, venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero

Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim, chegar e partir

São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida


Maria Rita - Encontros e despedidas

Estudo!!!!
Para não falhar....
Porque alguém acredita em mim...
Para os meus esforços não serem em vão....
Estudo... porque acredito, que mais cedo ou mais tarde, vou fazer com que tenham orgulho em ter acreditado...

Quotidiano




Há dias em que acordamos radiantes sem razão aparente. Manhãs em que acreditamos que vamos ter um dia em pleno, e que nem sequer nos ocorre pensar que algo pode correr mal... pois, definitivamente hoje não foi uma dessas manhãs... Para começar não preguei olho a noite toda, quando o despertador tocou e fui pra casa de banho, tive medo de mim própria ao ver o meu reflexo no espelho... "Esquece" (pensei), já na cozinha, pronta pra comer qualquer coisa (rápido) e sair de casa, o que me acontece??? Entorno o leite nas calças "começamos bem!!!!!!!" (pensei)... depois de mais 5 min perdidos, a trocar de roupa, saio. Será escusado dizer que cheguei atrasada às aulas (por causa do leite pensam vocês... NÃO!!!!!) porque o sr. vagabundo do parque onde costumo deixar o carro se lembra de me mandar prá terra batida... não há direito!!!! Lá fui pras aulas (aí quase consigo dormir, diga-se de passagem), saí às 11:00, chego à minha rua às 11:27 e ando à procura de estacionamento até ao meio-dia "impossível" (penso eu)... Sabem que mais??? Acho que tenho medo de sair mais à rua hoje!!!

Quanto a vocês??? Tenham um bom dia...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008


Sweet cherry's

"Não é fácil gostar de alguém, mas quando se gosta , gosta-se e pronto, não há nada a fazer. Pensamos na pessoa o dia todo e, olhando para o tecto, perguntamo-nos onde estará a outra pessoa naquele exacto momento em que pensamos nela. Onde estás? Ontem pensei em ti, hoje também, ainda agorinha mesmo estava a pensar em ti, e andamos nisto. Gostamos de alguém, não me perguntem agora porquê, porque mesmo que eu vos quisesse dizer nunca saberia a resposta. Eu não sei o porquê! Convenhamos: vi-a uma vez, talvez duas, o que não é muito eu sei, mas por que raio tem de existir uma regra que implica vermos mais do que uma vez alguém para sabermos que gostamos dela? E depois, alguns puritanos perguntam-nos: "Ai sim, gostas dela, então de que cor são os olhos dela? Como é que ela se chama?" Como se ao não sabermos responder a qualquer uma das perguntas ficasse assim provado que não gostávamos desse alguém. Mentira.

Quando se gosta quer-se que a pessoa de quem gostamos seja nossa, como se fosse um direito. E se estiver escrito em "Diário da República" tanto melhor. As coisas, infelizmente, não são assim e já ninguém é de ninguém, já ninguém dá a mão, na melhor das hipóteses faz-se um "leasing", arrenda-se a mão ou coisa do género. Não gosto nada disto. As defesas apoderam-se de nós, sentimos o ritmo cardíaco a aumentar e "ai a minha vida a andar para trás", estamos com aquela pessoa de quem tanto gostamos e pensamos "não lhe posso mostrar já que gosto dela, senão está tudo estragado!", temos a oportunidade de estarmos juntos logo naquele dia e "ai que isto não é bem assim".

Talvez por isso eu não percebo este amor que pensa e reflecte. O amor, a paixão, o desejo - todos parentes próximos de uma mesma família - não pensam muito, porque não existe uma lógica, uma norma a seguir, um "agora temos de ir ao cinema, jantar, teatro, exposição" e "vê lá o que está a dar na televisão" e "olha que eu não sou dessas" e ainda dez mensagens por dia!

Para mim, basta-me saber que gosto - e gosto - e perceber que o meu corpo responde por mim - e responde. Não tem de haver pressa! - dizem alguns. Não tem?! Ai não, que não tem! O desejo não me parece ser algo tranquilo, é exactamente o contrário, é stressadinho, fuma cigarro atrás de cigarro - saia da frente que tenho pressa! -, o desejo buzina ao cair do semáforo verde, é taxista em hora de ponta - saia daí senhor! - quer passar a frente de todos tipo Chico esperto -, tem urgência em chegar, quer ser rápido para se manifestar junto de quem se gosta.

Quando gosto de alguém, não quero saber se aquele ou o outro acredita nisso, não me interessa até perceber se ela própria acredita. O que me interessa mesmo é que eu saiba disso - e sei - é que eu acredite - e acredito - e que seja verdade - verdadinha."

By Fernando Alvim

O sentimento que move o Mundo sob o olhar de um génio - Fernando Pessoa

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de *dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...

Tudo tem um princípio e um fim...

Sou bastante má em apresentações, não tenho jeito pra exprimir certos sentimentos e recuso-me a falar sobre o meu passado; por isso vou começar a partilhar contigo sentimentos como se já nos conhecessemos à bastante tempo, como se dispensássemos apresentações e como se fizesses parte da minha vida. Preciso de falar contigo, preciso de me sentir ouvida, preciso de um sentido pra isto.