sexta-feira, 1 de outubro de 2010

E se...



"Não gosto dos "e se...?" desta vida. A vida é o que é. É fruto de escolhas, de erros, de lapsos grosseiros, de coisas boas, de pancadas que nos deram e que nós também fomos dando. Por mais absurdo que pareça, muitas vezes (na maioria das vezes até) batemos em quem menos merecia, mas batemos, numa espécie de expurgo egoísta. E assim chegamos ao que somos, hoje, agora, no presente. Não concebo que me digam "e se...?", porque tenho muito pouca tolerância para com o imprevisível. "E se...?" em matérias de coração muito menos. Porque a vida é uma p*ta de uma roleta russa e nunca sabemos para onde está virada a sorte.

E se o meu primeiro namorado não me tivesse dado com os pés aos 21 anos? Estaria casada, provavelmente, teria filhos e uma casa. Mas não teria amigos, não saberia o que era ter o coração tão dilacerado ao ponto de chorar dia e noite. Não saberia que, apesar de tudo, se sobrevive a um desgosto de amor. Não aprenderia a relativizar a falta de alguém. E o mais grave de tudo é que não saberia que, aconteça o que acontecer, eu estou sempre em primeiro lugar; eu e os meus pais, que é o único amor incondicional que conheço, no matter what. "



http://alugo-me.blogspot.com/

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