sábado, 31 de maio de 2008
sexta-feira, 30 de maio de 2008
sexta-feira, 23 de maio de 2008
"Se o sinal passar agora a verde ou o carro em sentido contrário for branco; se não chover até amanhã, o telemóvel tocar no próximo minuto, eu chegar a casa antes de ser noite ou se depois da esquina estiver alguém em pé à espera; se este cão atravessar a estrada ou o homem gordo me sorrir de volta, se o miúdo der a mão à mãe ao cruzar a passadeira, a farmácia estiver aberta e eu for atendida logo; se a nuvem em forma de oito não se desfizer em zeros ou se ainda houver o jornal de ontem na papelaria da esquina; se atrás do pombo ali pousado vier um outro, a seguir-lhe o amoroso trilho, ou se o locutor repetir a palavra hoje entre os dois noticiários; se aquela mota me ultrapassar antes de eu curvar para a esquerda ou se a matrícula da frente for ímpar, é porque voltas para mim."
http://umamoratrevido.blogspot.com
quarta-feira, 21 de maio de 2008
terça-feira, 20 de maio de 2008
No fundo, tenho medo. Medo de te voltar a ver. Medo de que as minhas mãos voltem a ser mãos outra vez e disparem dos pulsos para te despentear o cabelo e apertar-te os nós dos dedos, entalando-te as falanges como se fosses criança a quem cuidasse de atravessar a rua. Medo de que o meu corpo se lembre da fome que te teve e se queixe ruidosamente, como um estômago vazio; de que me dês água na boca e que de deserto árido passes a fonte de trevas com neptunos sumptuosos e fundos forrados a desejos. Medo de pensar que não te vejo desde ontem e de por isso não te rever, saudosa, antes achando que nunca nos fomos e que ainda nos damos as mãos, algures por Paris. Medo de, afinal, te ter esquecido em vão e de que nos encontremos de novo a meio de inocuidades gentis, amorosamente gentis; e de que tenhamos, inesperadamente, muito cuidado com os gestos, como se contornássemos vidros partidos ou fios descarnados. Medo de dar com os teus olhos e de neles mergulhar de cabeça, de engolir pirulitos, nadar-te e por ti ficar, num boiar infinito. No fundo, tenho medo de que a mera possibilidade da tua presença me diminua a graça dos dias. Por isso me quedo.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Quero dizer, depois de começar a gostar de ti como gosto, já não consigo desfazer isso que se fez, sei lá o quê, o que tu quiseres, isso tudo, o que nos traz juntos até aqui, se tu quiseres.”
Pedro Paixão "Muito, meu amor"
sábado, 17 de maio de 2008
I'll be waiting
Lenny Kravitz
He broke your heart
He took your soul
You're hurt inside
Because there's a hole
You need some time
To be alone
Then you will find
What you always know
I'm the one who really loves you baby
I've been knocking at your door
As long as I'm living, I'll be waiting
As long as I'm breathing, I'll be there
Whenever you call me, I'll be waiting
Whenever you need me, I'll be there
I've seen you cry
Into the night
I feel your pain
Can I make it right?
I realized there's no end inside
Yet still I'll wait
For you to see the light
I'm the one who really loves you baby
I can't take it anymore
As long as I'm living, I'll be waiting
As long as I'm breathing, I'll be there
Whenever you call me, I'll be waiting
Whenever you need me, I'll be there
You are my only one, I've ever known
That makes me feel this way
Couldn't on my own
I want to be with you until we're old
You have the love you need right in front of you
Please come home
As long as I'm living, I'll be waiting
As long as I'm breathing, I'll be there
Whenever you call me, I'll be waiting
Whenever you need me, I'll be there
(como eu gostava de ouvir isto no rock-in-rio)
quinta-feira, 15 de maio de 2008
quarta-feira, 14 de maio de 2008
terça-feira, 13 de maio de 2008
domingo, 11 de maio de 2008
Chamar a música
sábado, 10 de maio de 2008
That you'll ever do
Two can be as bad as one
It's the loneliest number since the number one
No is the saddest experience
You'll ever know
Yes, it's the saddest experience
You'll ever know
Because one is the loneliest number
That'll you'll ever do
One is the loneliest number
That you'll ever know
It's just no good anymore
Since you went away
Now I spend my time
Just making rhymes
Of Yesterday
Because one is the loneliest number
That you'll ever do
One is the loneliest number
That you'll ever know
One is the loneliest number
One is the loneliest number
One is the loneliest number
That you'll ever do
One is the loneliest number
Much much worse than two
One is a number divided by two
Passagem das horas
Como num cofre que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero.
(...)
Não sei se a vida é pouco ou demais para mim.
Não sei se sinto de mais ou de menos, não sei
Se me falta escrúpulo espiritual, ponto-de-apoio na inteligência,
Consangüinidade com o mistério das coisas, choque
Aos contatos, sangue sob golpes, estremeção aos ruídos,
Ou se há outra significação para isto mais cômoda e feliz.
(...)
Cruzo os braços sobre a mesa, ponho a cabeça sobre os braços,
É preciso querer chorar, mas não sei ir buscar as lágrimas...
Por mais que me esforce por ter uma grande pena de mim, não choro,
Tenho a alma rachada sob o indicador curvo que lhe toca...
Que há de ser de mim? Que há de ser de mim?
(...)
Meu coração tribunal, meu coração mercado,
Meu coração sala da Bolsa, meu coração balcão de Banco,
Meu coração rendez-vous de toda a humanidade,
Meu coração banco de jardim público, hospedaria,
Estalagem, calabouço número qualquer cousa
(Aqui estuvo el Manolo en vísperas de ir al patíbulo)
Meu coração clube, sala, platéia, capacho, guichet, portaló,
Ponte, cancela, excursão, marcha, viagem, leilão, feira, arraial,
Meu coração postigo,
Meu coração encomenda,
Meu coração carta, bagagem, satisfação, entrega,
Meu coração a margem, o lirrite, a súmula, o índice,
Eh-lá, eh-lá, eh-lá, bazar o meu coração.
(...)
sexta-feira, 9 de maio de 2008
quinta-feira, 8 de maio de 2008
terça-feira, 6 de maio de 2008
Menina (olhava espantada para os bancos da paragem com 3 estudantes bêbados a dormirem) - Mãe, estes meninos estão bem? Não têm camas em casa?
Mãe - Têm filha, mas estão cansados... Não olhes...
Menina - Cansados de quê?
Mãe - Cansados de beberem o que não devem!